Roteiros de moto pelos parques nacionais do Brasil

O Brasil é um país privilegiado em belezas naturais, e uma das melhores formas de explorá-lo é sobre duas rodas. Viajar de moto por parques nacionais é uma experiência rica, que une contato com a natureza, liberdade de movimento e aventura. Neste artigo, vamos apresentar alguns dos principais roteiros pelos parques nacionais brasileiros, além de dicas práticas para você planejar sua viagem de forma segura e proveitosa.

Por que escolher parques nacionais?

Os parques nacionais preservam ecossistemas únicos, com paisagens deslumbrantes, fauna e flora abundantes, trilhas, cachoeiras e montanhas. Além disso, oferecem boa estrutura para visitantes, com centros de recepção, áreas de camping e informações turísticas. Rodar de moto até esses lugares proporciona uma sensação de conquista e integração total com o ambiente.

Roteiro 1: Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros (GO)

Localizado em Goiás, esse parque é famoso por seus cânions, cachoeiras e vegetação típica do Cerrado. A cidade base para a visita é Alto Paraíso de Goiás, com acesso pela GO-118.

  Distância de Brasília: cerca de 230 km

  Tipo de estrada: asfaltada, em boas condições

Atrativos: Saltos do Rio Preto, Vale da Lua, trilhas, mirantes

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  Dica: leve dinheiro em espécie, pois nem todos os lugares aceitam cartão

Roteiro 2: Parque Nacional do Itatiaia (RJ/MG)

É o parque nacional mais antigo do Brasil, na divisa entre Rio de Janeiro e Minas Gerais. Ideal para quem gosta de montanhas e clima frio.

  Distância do Rio de Janeiro: cerca de 180 km

Acesso: BR-116 até Itatiaia

Atrativos: Pico das Agulhas Negras, Prateleiras, cachoeiras, trilhas

Dica: a parte alta do parque requer moto com bom desempenho e pneus adequados

Roteiro 3: Parque Nacional dos Aparados da Serra (RS/SC)

Famoso pelo Cânion Itaimbezinho, esse parque na divisa entre Rio Grande do Sul e Santa Catarina oferece um visual impressionante da Serra Geral.

  Cidade base: Cambará do Sul (RS)

  Distância de Porto Alegre: cerca de 200 km

  Tipo de estrada: parte asfaltada, parte de terra (em boas condições)

  Dica: evite dias de chuva, pois o acesso ao cânion pode ficar comprometido

Roteiro 4: Parque Nacional da Serra da Canastra (MG)

É uma joia mineira que abriga a nascente do Rio São Francisco e grandes paredões rochosos.

  Cidade base: São Roque de Minas

  Distância de Belo Horizonte: cerca de 320 km

  Acesso: parte em asfalto, parte em estrada de terra

Atrativos: Casca D’Anta (maior cachoeira do Velho Chico), trilhas, mirantes

  Dica: ideal para motos do tipo trail; evite se estiver com moto esportiva ou baixa

Roteiro 5: Parque Nacional de Jericoacoara (CE)

Um dos destinos mais cobiçados do país, Jericoacoara combina mar, dunas, lagoas e charme rústico.

Acesso: é necessário seguir até Jijoca de Jericoacoara e, depois, continuar por trilha de areia

  Tipo de moto indicada: trail ou big trail

  Atrativos: Pedra Furada, Lagoa do Paraíso, por do sol nas dunas

  Dica: contrate um guia local para o trecho final se não tiver experiência em areia

Planejamento é essencial

Rodar por áreas de preservação exige atenção a alguns pontos:

Regras do parque: verifique os horários, taxas e se é permitido entrar de moto em todas as áreas

possível

Hospedagem: opte por pousadas próximas ou campings credenciados

Respeito à natureza: não faça trilhas fora dos caminhos sinalizados e evite barulhos excessivos

Equipamentos recomendados

Além dos equipamentos básicos de segurança (capacete, jaqueta, luvas, bota), considere:

GPS com mapas offline

Protetores de motor e carenagem

Bolsa estanque ou baú impermeável Roupas leves e de secagem rápida

Kit primeiros socorros

Melhor época para viajar

Evite os períodos de chuvas intensas, que podem dificultar o acesso e tornar trilhas perigosas. A melhor época varia por região:

  Sudeste/Centro-Oeste: de maio a setembro

Sul: primavera e outono

  Nordeste: de julho a dezembro

Considerações finais

Viajar de moto pelos parques nacionais é mais do que uma simples aventura. É uma maneira de se reconectar com a natureza, praticar o turismo sustentável e viver experiências transformadoras. Com o planejamento adequado, respeito ao meio ambiente e espírito de liberdade, cada curva da estrada se torna um capítulo inesquecível de uma grande jornada.

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